A ilusão dos sentidos segundo Maria Panela.

image“E se tudo que conhecemos for uma ilusão, e nada existe de verdade? Nesse caso, acho que paguei demais pelo tapete da sala.” (Woody Allen)

Chico Trambulhas, um dos nossos surfistas de estimação, resolveu ir almoçar ao Maria Panela. A comida veio para a mesa, e estava como sempre muito apetitosa, de maneira que o Chico começou a comer todo satisfeito. De repente, ouviu-se um cliente numa mesa próxima gritar com maus modos para o empregado:

– Faça o favor de desligar o ar condicionado, que não se pode estar aqui com um frio destes! Pela pronuncia via-se logo que era da capital.

– Foi a própria Maria Panela (para grande surpresa do Chico), que respondeu com a maior cortesia que ia desligar imediatamente o ar condicionado. Todavia, dez minutos mais tarde, o outro voltou a reclamar:

– Isto está um autentico forno, não se pode estar aqui com o calor! Não sei como é que deixam construir um restaurante num sitio destes. Se não voltar a ligar o ar condicionado, vou-me já embora! A província é sempre a mesma desgraça, porra para isto!

A Maria Panela voltou a concordar amavelmente com o cliente, que cinco minutos mais tarde voltou a reclamar:

– Também não era preciso deixar o ar condicionado no máximo! Que grande treta!

Quando pediu a conta, o Chico perguntou discretamente á Maria Panela:

– Estou admirado contigo Maria, porque é que não o mandastes á merda como costumas fazer habitualmente?

– Quero lá saber – respondeu a Maria encolhendo os ombros -, nós nem sequer temos ar condicionado!

Boas ondas.

Clones á moda da casa.

“Em uma coisa os bêbados e os geógrafos têm razão: a Terra gira.” (Jô Soares)

Um tipo entra no bar do Alfredo e senta-se ao balcão.
– Tu és de cá? – Pergunta-lhe outro que já lá estava sentado.
– Sou, sou. Nado e criado, nasci na rua que fica ao lado da sinagoga, mesmo por trás dos correios.
– Também eu! – Disse o outro espantado.
– Pois eu vivo na casa que fica logo pegada aos correios. Uma amarela, que tem sempre um cão junto ao portão do jardim.
– Também eu! – Diz o outro, cada vez mais espantado.
– Namorei com a filha do Ti Freitas, a Chana…
– O quê? Também eu!
– Tive a minha primeira prancha de surf aos 13 anos.
– Porra, que coincidência, também eu!
– Olha, eu só saí de cá para ir para a tropa em 85.
– Também eu! Disse o outro completamente siderado.
Entretanto, entra o Pompeu e dirige-se para o balcão. Diz-lhe o Alfredo apontando com a cabeça para os dois clientes: – Lá estão os gémeos do Moisés Pechincha novamente bêbados. Boas ondas.

 

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No Restaurante Maria Panela, ou comes tudo, ou levas com ela.

“Os quadros que eles penduram nos restaurantes não são muito melhores do que a comida servida nos museus.” (P. Vries)

O melhor restaurante da cidade era sem sombra de duvidas o Maria Panela, que era gerido pela dona com o mesmo nome. Com uma localização invejável, junto á praia, era muito frequentado pelos surfistas, e por quem tivesse coragem de aturar o feitio sui generis da dona. O pessoal da terra já sabia das pancas da Maria, que apesar disso, ou talvez por isso mesmo, era uma cozinheira do outro mundo. Casa pequena, mas muito acolhedora, não servia mais de cinquenta comensais de cada vez. A comida era tradicional, e cozinhada como deve ser, á moda antiga. Era de comer e chorar por mais, e não havia memória de reclamações, a própria Maria circulava regularmente pela sala para apreciar o apetite dos seus clientes, que, diga-se em abono da verdade, raramente deixavam algo que se visse no prato. A dona da casa não tinha papas na língua, e foi um bocado a medo que o Zé Bodes resolveu lá levar o seu ultimo engate de praia, uma miúda da capital, a tender para tia, apesar da tenra idade de 19 anos. Como era altura dos santos populares, o Zé resolveu pedir sardinha assada na brasa com broa da casa. Ou seja a sardinha deveria ser comida sobre a broa que a própria Maria fazia, e que era excelente. Quando iam a meio da refeição, o Zé reparou estarrecido que, a Maria se encontrava junto á mesa, onde a sua putativa namorada fazia malabarismos com a faca e com o garfo para tirar as espinhas á sardinha. A voz da Maria ouviu-se na sala toda “não, não, não senhora, não é assim que se come sardinha assada”. Em seguida demonstrou ao vivo e a cores como a sardinha deve ser comida: pegou na sardinha do prato da chocada bimba, colocou-a sobre a broa e fingiu dar-lhe uma dentada. Devolveu a sardinha ao prato da rapariga, e virou costas indignada. Alguns surfistas presentes na sala desmancharam-se a rir, para grande desespero do Zé. Tirando esse pequeno incidente o jantar até correu bem, e as deliciosas sobremesas instalaram a paz na mesa, o que deu vontade ao Zé de continuar a conversar, mesmo depois de ter pago a conta, e ainda que pelo canto do olho visse que havia varias pessoas á espera de mesa. Estava ele a contar as peripécias do seu ultimo salvamento como nadador, quando a Maria se aproximou da mesa e com uma delicadeza suspeita e perguntou se estavam satisfeitos e se tinham sido bem atendidos. Depois de o Zé e a amiga terem feito um grande sorriso e respondido que sim, ela disse “que bom! Então agora os meninos já se podem levantar e dar de frosques, não?” E assim terminou mais um jantar romântico, naquela romântica cidade. Boas ondas.

 

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Carta da choça.

“O que é a honestidade senão o medo da prisão?” (Carlo Dossi)

O Alfredo abriu a carta, leu-a, e a seguir virou-se para o pessoal que estava ao balcão, e que na realidade já fazem parte da mobília, sendo sobejamente nossos conhecidos, tratou de os elucidar:
– È uma carta do Pitbull, a primeira que escreve da choça.
Convêm esclarecer que o Pitbull era um autentico faz-tudo do bar do Alfredo, porteiro, arrumador, guarda costas, nadador salvador e o que mais fosse preciso. Tinha levado seis meses de cana porque tinha partido o maxilar a um cliente mais ranhoso, e mais bêbado do que o costume, que tinha tentado (e sublinho tentado), insultar o Alfredo. Mesmo assim, o desgraçado do cliente estava cheio de sorte, porque precisamente nesse dia, o Sócrates, o pastor alemão do Alfredo, tinha ido ao veterinário levar as vacinas da praxe. Senão fosse isso, alem do nariz partido, provavelmente sairia do bar sem uma perna, ou sem um braço. O Rui Ronca, mais conhecido por Pitbull era uma espécie de Mike Tyson em versão cara pálida, talvez um pouco mais baixo, e não tão pesado, mas igualmente assustador. Mas vamos ao que interessa, o Alfredo continuou a ler:
– Caro Alfredo, as melhores saudações para ti, e para o pessoal do bar, em especial para a malta do surf. Por aqui corre tudo bem, quer dizer, dentro daquilo que é possível entre quatro paredes, e no meio duma gandulagem que só visto. Pessoalmente, não tenho razões de queixa, já que sou tratado como um lorde, quer pelos guardas, quer pelos presos.
– È pá, não fazia ideia que o Pitbull sabia escrever! Observou o Pompeu, que nunca perdia uma oportunidade para meter a sua colherada. O Alfredo sorriu e continuou:
– Para esse tratamento VIP muito contribuiu o conselho que tu me destes, e que pus em prática no primeiro dia em que cá cheguei. Muito obrigado Alfredo e que o demo te pague.
– Mas o que raio é que tu dissestes ao homem? Inquiriu o Pompeu. O Alfredo guardou a carta, e esclareceu o Pompeu:
– È simples, disse-lhe que, logo na primeira oportunidade, e em frente a toda a gente, por exemplo no refeitório, perguntasse quem era o gajo mais perigoso da prisão, o maior mete nojo, se dirigisse a ele, e sem hesitar lhe pregasse uma valente cabeçada no nariz. De certeza que a partir daí ninguém o chateava mais. Meu dito meu feito. É pena que esta técnica não resulte com os políticos portugueses. Era mais eficaz do que as eleições, e um autentico maná para os cirurgiões plásticos. Infelizmente, este não é um país de Pitbulls, mas de caniches, e quem nasceu para caniche, jamais chega a Pitbull.
Boas ondas.

 

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Quem não lê, não vê!

“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.” (Mario Quintana)

O escritor Adolfo de Paiva estava numa discussão “intelectual” com o Victor Janelas, o especialista em software. O escritor afirmava que a leitura é fundamental para o indivíduo ter algum lastro cultural, e uma visão da vida esclarecida, e o Janelas contrapunha que, o importante era mesmo a informação. Dizia o Paiva:
– Caro Victor, a leitura é dos poucos encantos da vida que se quer culta, e quem raramente, ou nunca, a pratica, só pode ter inveja e respeito por quem o faz.
– Mas eu leio…
– Sim, jornais e revistas de informática ou de surf. Qual foi o ultimo livro que lestes?
– Ummmm, assim de repente não me lembro…
– Pois, quem não tem o costume de ler, está prisioneiro de um mundo limitado em relação ao tempo e ao espaço. A puta da vida cai numa rotina fixa, e um tipo fica limitado aos contactos e conversas com alguns amigos e conhecidos, e só tem conhecimento do que acontece na vizinhança.
– Não estarás a exagerar?
– Não, não estou, quando tens nas mãos um bom livro, podes dizer que estás em contacto com um dos melhores conversadores do mundo.
– Isso é capaz de ser verdade, mas acho que qualquer leitura é útil.
– Não é bem assim, a melhor leitura é aquela que nos leva para um mundo contemplativo, e não aquela que se ocupa unicamente dos factos. Acho que nem sequer podemos chamar leitura a isso, pois quem perde tempo com os jornais ou revistas, só se preocupa exclusivamente em obter noticias sobre alguns factos ou acontecimentos.
– E estar a par dos acontecimentos não é importante?
– Claro que é, mas também é preciso ter bom gosto e algum critério na hora de escolher algum texto. Lembra-te sempre disto, de todos os instrumentos que o homem inventou, o livro é sem duvida nenhuma o mais assombroso. Todos os outros são extensões do corpo!
– ???
– Por exemplo, o microscópio, ou o telescópio se quiseres, são extensões dos olhos, o telefone, ou o moderno telemóvel, pode ser encarado como a extensão da tua voz, a espada ou a pistola são a extensão do teu braço.
– Nunca tinha pensado nisso!
– Pois, mas o livro é outra coisa: o livro é a extensão da tua memória e da tua imaginação. E os bons tornam-se inesquecíveis. Por isso é que acho estranho que não te lembres de qual foi o ultimo que lestes.
– Por acaso lembrei-me agora…
– A sério, e qual foi?
– As Paginas Amarelas…
Boas ondas.

PS – Este post é sobre leitura por isso não há imagem.

O poder da mente!

“Concentração é a habilidade de pensar sobre absolutamente nada quando isto é absolutamente necessário.” ( Ray Charles )

O professor Salamandra, o homem mais misterioso, e esotérico da cidade, estava numa das suas raras visitas ao bar do Alfredo, onde só se deslocava para tomar a sua dose tripla de absinto Val de Travers, que foi banido há mais de 90 anos por alegadamente provocar alucinações, e de que sabe deus (ou o diabo) como, o Alfredo possuía um stock aparentemente inesgotável. Quando isso acontecia, os clientes habituais, principalmente os surfistas, tentavam absorver algumas das pérolas de sabedoria, ou revelação, que ele pudesse largar. Normalmente era o Pompeu que se encarregava de fazer alguma pergunta interessante ao professor:

– Professor, qual é o segredo para um homem encontrar o equilíbrio e a sabedoria?

– È simples meu caro Pompeu, basta seguir as oito regras básicas para desenvolver as potencialidades da consciência…

– E quais são elas?

– Elas são as seguintes:

1) O poder do entendimento correcto.

2) O poder do pensamento correcto.

3) O poder de falar correctamente

4) O poder de ação correcta.

5) O poder de viver correcta e honestamente.

6) O poder do correcto esforço mental.

7) O poder da atenção total e da correcta vigilância; e, por último mas não menos importante…

8) O poder da concentração correcta.

– E é essa consciência apurada que lhe permite adivinhar coisas que mais ninguém sabe, como por exemplo, aquela vez em que revelou que o Hugo Tocagaita estava fechado na casa de banho do bar com o Jacob Moreno, e que não conseguiam sair?

– Não meu filho, simplesmente, dessa vez tinha ido mijar.

Boas ondas.

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A Arte da Guerra V.

Sun Tzu disse:

A força militar dá valor á vitória.
Não dá valor ao prolongamento da batalha.

Comentário

A vitória significa ver o todo, alcançando assim uma visão que é mais vasta do que a do inimigo ou do que a do próprio. No entanto, a batalha tem custos. Quando se prolonga, é devastadora para todos. Se a vitória não pode ser alcançada rapidamente, tentar obtê-la é destrutivo.
Boas ondas.

 

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Os políticos são psicopatas! E os outros?

“Eu e muitos espanhóis sofremos uma educação religiosa, uma educação de culpa e castigo. Acho que é uma educação perfeita para criar psicopatas.” (Pedro Almodóvar)

O DR. Pardal estava a explicar á pequena, mas interessada audiência, ou seja, alguns dos clientes habituais do bar do Alfredo, que, os políticos, além de serem uns ladrões, e mentirosos do pior, eram também na sua grande maioria, psicopatas. Ou melhor, eram ladrões e mentirosos porque eram psicopatas, e não tinham empatia nenhuma com os outros seres humanos.
– Mas ó doutor, esses indivíduos tem que ter alguma qualidade para chegarem onde chegaram, observou o Pompeu.
– Mais ou menos meu caro, é preciso ter uma certa disposição para mandar nos outros, estes tipos acreditam que estão qualificados, e moralmente justificados para tomar decisões que modificam, e algumas vezes acabam com a vida de milhões. Fazem isto com a força das armas, leia-se, o estado de direito.
– Então, todos os outros, são uma cambada de burros? Perguntou o Paiva.
– Não necessariamente, porque convém lembrar que, os psicopatas são manipuladores, narcisistas e uns excelentes mentirosos. E no fundo, estão-se a cagar para os sentimentos dos seres humanos “normais”. Muitas das vezes, em crianças, torturaram animais…
– Se é assim, quer-me parecer que conheço alguns. Acrescentou o Alfredo.
– Ser político, significa mentir, e por isso mesmo, é fácil para muitos políticos fazerem o contrário daquilo que prometeram, porque não custa nada abdicar de princípios que não se tem.
– Então estes gajos não gostam de ninguém? Insistiu o Paiva.
– Gostam sim senhor, ou melhor, adoram, mas não é de outros seres humanos, adoram o poder, e adoram vencer. Alguns, e não são poucos, adoram humilhar os vencidos.
– Mas não gostamos todos, ó doutor?
– Em certo sentido sim, talvez por isso a política seduza a maior parte dos seres humanos.
– Mas então, concluiu o Pompeu, sendo assim, só temos duas hipóteses nesta vida, ou somos psicopatas, ou somos uns anjinhos. Quer dizer, de uma maneira ou de outra, estamos sempre fodidos.
Nesse momento entrou no bar o Hugo Tocagaita, a bicha louca da cidade, mais conhecido por Huguinho, com a sua prancha de surf cor de rosa, e arrebitou as orelhas com a ultima palavra.
– Fodidos? Vocês são sempre a mesma merda, combinam as orgias, e nunca me convidam. Deviam ir todos para a política, cambada de mentirosossssss!!!!!!.
Boas ondas.

 

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Um puto com 69 anos!

“Qual seria a tua idade se não soubesses quantos anos tens?” (Confúcio)

UM dos muitos defeitos do Rodrigo Pompeu, era de fazer umas analises cínicas e acutilantes, sempre que acontecia alguma desgraça debaixo do seu nariz. Então, se estava bêbado, as observações podiam tornar-se verdadeiramente chocantes, e por vezes, surpreendentemente reveladoras. Foi o que se passou, quando um amigo do Teodoro, com 69 anos, resolveu ser ainda mais radical de que o próprio Teodoro, e se meteu a praticar, não surf, mas Paramotor, ou seja, parapente com motor. Chegou á praia em frente do bar do Alfredo, descarregou a parafernália toda, montou o treco treco, vestiu um fato todo catita, montou-se na geringonça, e aí foi ele pelos ares fora, até cerca de 20 metros de altura, quando de súbito, a geringonça se engasgou, e, o paraquedas descreveu uma trajectória estranha, despenhando-se no areal. Grande confusão na praia, primeiros socorros prestados, e um certo alívio geral quando se percebeu que no meio daquele arraial todo, o homem só tinha fracturado uma perna. Saiu da praia levado numa maca, e quando passou pelo bar, o Pompeu que estava sentado na esplanada a beber um copo, saiu-se com esta pérola de erudição:
– Esta cena lembra-me aquele livro da Simone de Beauvoir, a “A velhice”, em que diz que o inconsciente não tem idade. Havia uma estatística qualquer, segundo a qual por volta dos 60 anos poucos se declaram velhos; depois dos 80 anos, só 53% se consideram velhos, 36% acham que são de meia-idade e 11% julgam-se jovens. Este cota deve pensar que tem 25 anos, e o meu fígado também… saia mais um whisky duplo para esta mesa. Boas ondas.

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Quem tem cu tem medo!

“A grande coragem, para mim é a prudência.” (Eurípedes)

O Chico Trambulhas estava a dar uma palestra aos seus alunos da escola de surf, e estava a falar muito a sério:
– Atenção malta, a coragem é um dos factores que está mais ligado ao surf, principalmente se o mar está com ondas grandes, porque aí podemos colocar-nos em sérios riscos. Mas coragem é uma coisa, e a loucura ou estupidez, é outra. Temos de saber exactamente o que estamos a fazer, e saber os nossos limites. Temos que perceber a força daquele mar, entender a maneira como ele se comporta, e principalmente não entrar em pânico. Lembrem-se desta simples regra antes de entrarem na água, e depois de analisarem bem o mar, perguntem a vós próprios “Se a minha corda rebentar, e eu perder a prancha, e tiver que sair a nado deste mar, será que consigo?” Se a reposta for positiva, então entras, se não for, não te preocupes, acontece com todos, quem tem cu tem medo!
– Todos, alto lá … berrou o Hugo Tocagaita, a maior bicha da cidade, que por acaso ia a passar naquela zona da praia, e tinha ouvido as ultimas palavras … eu tenho cu, e que cu, e não tenho medo de nada … quer dizer, a não ser das hemorróidas.
Boas ondas

PS – pedimos desculpa pela legenda da fotografia, não pela frase em si, mas pela história do Salmos, já que este blogue não é nada católico.

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