Armado em Intelectual!

“Não se deve deixar os intelectuais brincar com os fósforos.” (Jacques Prévert)

ORA bem, esta nova categoria “Armado em Intelectual”, é para responder àqueles que dizem que este blogue é muito “atlético”, e um bocado escatológico, que é dirigido aos surfistas, uma malta um bocado “desmiolada”, e superficial. É lamentável, mas é verdade. A malta do surf é meio desmiolada (senão, não fazia surf) e o nosso nível intelectual anda pelas ruas da amargura. Não adianta nada ter na redacção colaboradores formados em psiquiatria, arquitectura, engenharia, literatura, biologia, termodinâmica, e física quântica, porque vocês sabem como é, desde o tempo do Leonardo da Vinci, que não se apreende nada de novo nas escolas. È um facto que, todos estes intelectuais não conseguem criar um produto devidamente conceptual, e intelectualizado. O que também não é de admirar, já que muitos deles nem sequer sabem onde deixaram o carro, ou porque raio trazem uma peúga de cada cor, mas já me estou a desviar do assunto. Vai daí, resolvemos recorrer aos pesos pesados da intelectualidade humana, e começamos a introduzir um cheirinho de Proust aqui, mais um cheirinho de Schopenhauer acolá, para ver se compomos isto. O nosso colaborador, o arquitecto Eduardo Traços, sugeriu que se escrevesse um artigo sobre uma máxima do Schopenhauer que é “Nunca tomar ninguém como modelo”. Dizia o filósofo, que “não é preciso tomar ninguém como modelo, visto que as situações, as circunstancias e as relações nunca são as mesmas e porque a diversidade dos caracteres também confere um colorido diverso a cada acção.” Um dos surfistas, o Pedro Ponta Fina, que colabora com o blogue argumentou que, se não tivessem, por exemplo, o McNamara, ou o Kelly Slater, como modelos, quem raio iriam imitar? O Traços continuou com o Schop. e em latim (para verem o nível que isto atingiu) “duo cum faciunt idem, non est idem”, ou seja, “quando duas pessoas fazem o mesmo, não é o mesmo”. Isto tudo para dizer que, (continuou o Traços), após ponderação madura e raciocínio sério, temos de agir segundo o nosso caracter, portanto em termos práticos, a originalidade é indispensável, caso contrário, o que se faz não combina com o que se é. O Pedro P. Fina, encolheu os ombros, dirigiu-se para a porta, pelo caminho apalpou o rabo á jornalista Ana Marmelos, e saiu, a gritar para o Traços: – estás armado em intelectual ó otário, faz o mesmo que eu, se és capaz, porque afinal não é o mesmo, trouxaaaaa!!!!
Boas ondas.

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